O retorno dos Combatentes

A recepção dos combatentes foi eufórica, fazendo dos veteranos da FEB, pessoas muito prestigiadas, contudo essa euforia durou pouco tempo, e aos ex-combatentes restou um rotina penosa de readaptação à realidade civil, nem sempre possível para todos. Traumas psicológicos de todo tipo fizeram a luta pela sobrevivência no mercado de trabalho mais difícil no retorno de milhares de brasileiros que estiveram nos campos de batalhas. Já que a FEB foi desfeita antes do regresso ao Brasil. Os ex-combatentes tinham esperanças de ficarem ricos e se empolgaram com o dinheiro que receberam, gastando-o com bebidas, mulheres e todo tipo de diversão no Rio de Janeiro e muitos ficaram sem dinheiro para poder voltar para casa, sendo que muitos eram nordestinos.
Os pracinhas foram rapidamente desmobilizados sem que tivessem sido submetidos a qualquer tipo de exames médicos, que mais tarde seriam fundamentais para que obtivessem pensões e auxílios em casos de doenças ou ferimentos adquiridos na guerra. Para provar a incapacidade de continuar sendo militares, e assim receber pensões,  os pracinhas tiveram de se submeter a todo tipo de vexames e sacrifícios.
Ao longo do tempo, várias leis de amparo aos ex-combatentes foram sendo promulgadas, como a LEI DA PRAIA, criada nos anos 60,  de acordo com a mesma, qualquer pessoa que tivesse sido enviada para a ''Zona de guerra'' teria direito a auxílios; pensões e promoções. Porém, muitos servidores públicos, civís e militares que estiveram nos Montes Apeninos, suportando temperaturas subárticas e correndo riscos de vida foram os mais privilegiados.